"Desastre político sem nome" do Governo, diz Marcelo

A decisão de adiar o pagamento do subsídio de férias aos funcionários públicos constitui "um desastre político sem nome" do Governo, afirmou este domingo Marcelo Rebelo de Sousa.
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Após observar que no Governo"ninguém sabe de Direito e os que sabem esqueceram-se", o comentador da TVI explicou a sua posição: a comunicação política do Executivo continua "um desastre" por responsabilidade de Pedro Passos Coelho (pois Miguel Relvas já saiu), o ministro Vítor Gaspar deixou de ser "um trunfo" e confirma-se como "um problema" para o Governo, este "trata mal os funcionários públicos".

Recorde-se que o Governo decidiu pagar os subsídios de férias só em novembro, apesar da decisão do Tribunal Constitucional e de a lei geral determinar que tal ocorra em junho.

Marcelo Rebelo de Sousa disse ainda que o Presidente da República, sobre as políticas de austeridade, tem discursos diferentes face ao Governo e perante a Europa porque "não quer ser responsável por nada" que possa pôr o Executivo em causa - o que "depende do CDS", frisou.

Para o conselheiro de Estado, Cavaco Silva "será igual até ao fim do mandato" do Executivo se a coligação entre PSD e CDS se mantiver no pós-troika.

Mas, adiantou Marcelo, "se houver crise interna não causada" por Cavaco Silva, este "pode ter de dissolver" o Parlamento e convocar eleições antecipadas.

Sobre as presidenciais, onde é apontado como potencial candidato, Marcelo Rebelo de Sousa considerou que essa corrida começará dentro de dois anos, dando origem a "duas campanhas [eleitorais] ao mesmo tempo" por coincidir com a das legislativas do Outono de 2015.

"Vai ser uma confusão porque uma vai contaminar a outra", previu Marcelo Rebelo de Sousa, admitindo que qualquer candidato de direita estará prejudicado à partida se o Governo se mantiver e a economia não melhorar.

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